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sábado, 4 de março de 2017

Fechamento - Fevereiro/2017: R$ 79.291,09 (+R$ 5.216,75 ou +7%)

Fechamos fevereiro, e mais um bom resultado para a carteira. Neste mês houve algumas particularidades, que abordarei logo mais.

A primeira delas é que, exatamente no dia 28, tive de abortar minhas operações com empréstimos. O fato é que eu já vinha recebendo metade do valor inicial (3,4% a.m.). A crise afetou bastante este meu conhecido, que por precaução teve de diminuir os empréstimos para alguns de seus clientes, cortar para outros, e acabou ficando com bastante dinheiro parado, o que significa que ele não precisaria mais de capital de terceiros.

Na primeira ocasião, em que ele me informou que teria de diminuir a taxa para meu capital, optei por deixar mais alguns meses com ele para não ter o trabalho de depositá-lo em minha conta e aplicá-lo novamente, e na esperança de que as antigas taxas voltariam. Isso não aconteceu e, num rompimento amigável (que partiu da parte dele), tomei de volta meu capital.

O problema é que eu não estava preparado para tal. O valor de meu capital em empréstimos é algo em torno de 15% do meu patrimônio, e ele cumpria um papel importante de atenuação do desvio padrão da carteira. Como não possuo aplicações em títulos, os empréstimos cumpriam esse papel (apesar de não possuírem correlação negativa).

Sendo assim, creio que finalmente iniciarei as minhas aplicações em renda fixa, por inclusive achar que o mercado de ações pode não estar tão atrativo como há alguns meses. Darei preferência a títulos de curto e médio prazo (os chamados bills e notes), com talvez algum título de proteção à inflação (TIPS). Devo deixar algo como R$ 3 mil em um CDB com liquidez diária atrelado ao CDI, e o resto dividido entre um CDB de algum banco com rating pior, e provavelmente no tesouro atrelado ao IPCA. Ainda retirarei uma parte deste montante para reaplicação em uma de minhas empresas. O valor referente ao aporte do próximo mês também será dedicado a alguma ação. O objetivo é, aos R$ 150 mil, ter algo entre 15% a 20% aplicado na renda fixa. Farei isso vagarosamente.

Agora vamos aos números:

1- Evolução patrimonial


O patrimônio atingiu R$ 79.291,09, apresentando uma subida de 7%. Ótimo resultado, e percebe-se que já vamos distanciando do patrimônio projetado para este mês, o que quer dizer que estou indo melhor do que planejei. Um detalhe: não mudarei este valor de patrimônio projetado, mesmo que me distancie muito em função de rentabilidade ou aporte. Quero deixá-lo assim afim de ver o quanto consegui superar o meu primeiro planejamento quando alcançar o milhão.

Abaixo, a evolução em forma de tabela.

                Patrimônio       Crescimento     Porcentagem
ago/15     R$ 28.239,00   R$ -                          0%
set/15      R$ 25.717,00    -R$ 2.522,00         -10%
out/15     R$ 30.574,00    R$ 4.857,00  16%
nov/15    R$ 31.093,90     R$ 519,90               2%
dez/15     R$ 31.161,00     R$ 67,10                 0%
jan/16     R$ 32.931,50     R$ 1.770,50  5%
fev/16     R$ 36.189,50     R$ 3.258,00           9%
mar/16   R$ 38.674,00    R$ 2.484,50           6%
abr/16    R$ 43.872,81     R$ 5.198,81            12%
mai/16   R$ 44.558,01     R$ 685,20               2%
jun/16    R$ 47.703,08     R$ 3.145,06   7%
jul/16     R$ 50.950,69    R$ 3.247,61            6%
ago/16    R$ 55.074,42     R$ 4.123,73   7%
set/16     R$ 54.551,57    -R$ 522,85              -1%
out/16    R$ 64.219,69     R$ 9.668,12     15%
nov/16   R$ 63.058,28   -R$ 1.161,41             -2%
dez/16    R$ 64.466,41   R$ 1.408,13      2%
jan/17    R$ 74.074,34  R$ 9.607,93           13%
fev/17    R$ 79.291,09    R$ 5.216,75              7%





2- Comparativo de rentabilidades

A carteira também apresentou uma ótima rentabilidade, e finalmente chegamos ao CDI. Ibovespa longe. Sem muito o que dizer a respeito.

Abaixo, os valores compilados:

Rentabilidade mensal: 4,01%
Rentabilidade anual: 10,92%
Rentabilidade histórica: 21,06%

3- Aportes mensais

Com um aporte de R$ 2159, continuamos bem acima da meta de R$ 1700. O objetivo é superá-la com folga como no último ano.

Comecei há alguns meses a fazer um estudo cujo qual gostaria de compartilhar aqui no blog, basicamente comparando duas carteiras diversificadas entre boas value-caps e growth-caps ao longo do maior prazo possível em que encontrasse dados confiáveis, mas abortei esta ideia devido ao trabalho espantoso de coleta de dados e já antevendo as críticas de que o estudo não teria valor algum, sendo que eu já escolheria empresas que performaram bem ao longo do tempo. A verdade é que eu tive um trabalho enorme compilando dados e faria um estudo que soaria como risível para algum investidor profissional que assina a plataforma Economatica, por exemplo. Simplesmente não dá para fazer algo tão trabalhoso com base de dados gratuita, sendo que qualquer simples erro pode comprometer todo o resultado final e jogar por terra todo o meu esforço. Não dá para querer bancar o acadêmico usando ferramentas amadoras.

Outra coisa que estou percebendo é que não tenho escrito nada na página Filosofia de investimento, que é a página mais interessante aqui do blog. Estou com uns três artigos engatilhados sobre livros que pouca gente leu, entre eles o Security analysis, que é interessantíssimo e sobre qual nunca encontrei nada em português. Vamos ver se consigo soltá-los aos poucos por aqui. 

Apesar de ter até reduzido minha participação nos blogs amigos neste último mês por falta de tempo, vejo que os objetivos principais vêm sido cumpridos, e a carteira tem evoluído consistentemente. Uma menção importante: estou gostando muito dos novos artigos que têm surgido na blogosfera abordando investimentos no exterior. Realmente está agregando muito à nossa comunidade.

Bem, por hoje é só.

Abraços a todos!

16 comentários:

  1. Parabéns pelo crescimento patrimonial PM!

    No aguardo da resenha do Security Analysis

    Abs!

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  2. Fala PM,

    Muito legal.

    Aguardaremos seus posts.

    Abraço

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  3. Pretenso Milionário,

    Sobre a BVMF3, qual sua concepção? Boa empresa para longo prazo?

    Quando a RADL3, você enxerga um futuro promissor ou verifica dificuldades decorrentes das margens e entradas de concorrentes?

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    Respostas
    1. Anônimo,

      A BVMF tem ótimos números, porém não tenho a menor condição de avaliá-la, nem no que tange à qualidade, nem em perspectivas. Parece-me uma empresa bem estável em seu mercado e com ótimos prospectos, mas minha opinião é nula.

      A administração da RADL é fantástica. Arrojada na medida certa, crescendo consistentemente sem alavancar muito, e mesmo que não repita os resultados dos últimos dez anos, creio que continuará em um bom ritmo. Não vejo a margem e a concorrência como um problema por dois motivos: 1) ela está dentro dos padrões do setor e 2) empresas como a RADL e a UGPA (que tem o mesmo problema) se adaptarão a qualquer cenário, visto que elas são o benchmarking.

      Porém nada disso importa, pois a RADL é negociada a uma média de 40 vezes os seus lucros, medida absolutamente injustificável para sua compra. Portanto, mesmo que se trate de uma boa empresa, comprando-a você estará especulando, e não investindo (pelos conceitos de Graham e Dodd, cujos quais eu concordo). Eu descarto qualquer empresa nestes patamares de preço. É só pegar o excel e fazer as contas de quanto ela precisa crescer os lucros para te dar o retorno de uma renda fixa em dez anos, por exemplo.

      Abraços.

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  4. A MDIA3 é uma boa empresa para longo prazo, considerando que apesar de ser uma empresa sólida e de crescimento expressivo, distribui pouco dividendos?

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    Respostas
    1. Anônimo,

      A MDIA3 me parece uma empresa fantástica. Distribuir dividendos de maneira alguma é fator qualitativo, visto que ela está em pleno processo de expansão para o mercado do sudeste. Veja o tamanho da fábrica que está sendo instalada em Juiz de Fora.

      O que você deve analisar é se ela condiz ou não com o perfil da sua carteira.

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  5. PM,

    Sua análise sobre a CPLE3 (Copel) é positiva ou a empresa é ruim, considerando que o crescimento dos lucros estão estagnados?

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    1. Anônimo,

      Minha análise é positiva, mas acho que tem melhores no setor. Acho que provavelmente está com uma boa margem de segurança e pode ser sim um bom investimento. Para mim, o ponto na Copel não é a estagnação dos lucros, e sim sua dívida e seus contratos. Para ter segurança neste investimento, sugiro que analise ambos com diligência (coisa que não fiz, por isso não arrisco uma opinião mais detalhada).

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  6. Vale a pena comprar ações da TIET3 (Geradora Tietê), após a criação das Units? Ou com o tempo, as ON's tendem a desaparecer?

    A empresa ainda é boa?

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    1. Anônimo,

      Valer a pena ou não é uma questão estritamente pessoal, não posso respondê-la por você, rs. Eu não invisto na empresa.

      Quanto à sua segunda pergunta, também não posso responder. Como vou saber como irá agir a administração da empresa? O que digo é que não me agrada nem um pouco a criação de units.

      Eu acho sim uma boa empresa, mas prefiro outras do setor.

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  7. Pretenso Milionário,

    O ODPV3 está muito cara?

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    1. Anônimo,

      Sua questão é curta, mas é extremamente complexa. Veja: para dizer que uma empresa está cara eu tenho de dizer cara em relação a o quê, se for em relação ao setor, não atenderá sua expectativa; se for em relação ao seu preço justo (ou valor intrínseco), eu terei de analisar uma quantidade enorme de dados envolvendo os balanços, o produto, o setor, e muitas dessas questões são absolutamente intangíveis, ou seja, suscetíveis a erros de análise. Como nunca aprofundei a empresa, seria irresponsável respondê-lo de forma direta.

      O que te digo é que é mais fácil ter melhores retornos com empresas negociadas a um P/L de 5 do que negociadas a um P/L de 30, como é o caso da ODPV3. É aquela história: a ODPV3 é uma excelente empresa, mas precisará apresentar um crescimento de lucratividade fantástico para se tornar um bom investimento.

      Creio ser mais fácil escolher empresas cujas quais resultados modestos sejam suficientes para trazer ao investidor ótimos retornos.

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