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terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Rentabilidade e o ano que se passou

Como me propus a postar mensalmente a rentabilidade da minha carteira a partir deste ano, quero falar um pouco sobre rentabilidade e sobre o ano passado.

Eu nunca medi a rentabilidade de forma metódica como os demais da blogosfera fazem, então não posso postar aqui a minha rentabilidade histórica, por não ter este número facilmente. Na verdade, acho que até seria possível, mas eu teria de levantar todos os preços históricos de mês em mês das ações que possuo e lançá-los todos na planilha que estou usando atualmente. Acho que daria muito trabalho para um retorno pouco significativo. Na realidade, acredito que medir a rentabilidade seja interessante por estimular o investidor a se comparar com alguns índices de mercado e com suas metas pessoais de rendimento. Usar rentabilidade mensal como parâmetro de sucesso ou apegar-se à ela de forma obsessiva, para mim não faz sentido.

Que seja... estou medindo minha rentabilidade utilizando a metodologia de cálculo disponibilizada numa planilha do blog Além da Poupança desde outubro do ano passado, e irei acompanhá-la ao longo do tempo comparando com o CDI e com a minha rentabilidade planejada, já descrita anteriormente.

O que posso dizer até agora? Minha carteira está com uma valorização de -8,46%, o que é um péssimo resultado para apenas três meses, e representa uma amostragem fiel do que foi o meu 2015.

Tive um 2014 bom, e este ano que passou foi realmente um teste para ver se eu tenho culhões para aplicar o que estudei. Várias empresas apresentaram quedas vertiginosas de preço mesmo mantendo ou melhorando seus resultados operacionais. Cheguei ao ponto de ver minha carteira desvalorizar quase 30%, o que certamente afetaria os nervos de qualquer um. Ainda assim, continuei aportando nas empresas que sou sócio e estudando outras empresas em busca de oportunidades.

Acredito que 2016 será mais um ano desastroso para o país, o que não mudará em nada a minha estratégia. Continuarei comprando ações de boas empresas, estudando opções que não estão em minha carteira e focando nos aportes. Afinal, existe algo melhor para alguém que está no início de um plano de investimentos, ainda na fase de acumulação de patrimônio, do que um longo mercado de baixa?


segunda-feira, 4 de janeiro de 2016

Minha alocação de ativos

Cem por cento em ações. Simples assim. Antes de atingir meus primeiros cem mil, irei aplicar meu capital integralmente em ações. Por dois motivos:

1) Basicamente eu me especializei apenas em ações. A renda fixa nunca me atraiu. Fundos de índice e fundos de investimento também não —ao menos no Brasil. Sempre acreditei que comprar boas empresas por um preço justo fosse o melhor caminho, e defini que antes dos cem mil não iria adotar nenhuma estratégia de alocação que objetivasse a proteção de meu capital. Claro, nenhuma além da diversificação (estimo algo entre oito e dez empresas como portfólio ideal para este valor de carteira).

2) Definitivamente eu não gostaria de ter uma quantia desprezível de capital em uma empresa que apresentasse um crescimento vertiginoso. Acho que isso me deixaria mais traumatizado do que perder cada centavo aplicado. Portanto, acredito que algo entre dez e doze mil seja um valor razoável para adotar como aplicação mínima para meus investimentos.

Quanto aos tipos de empresa que compro, digo basicamente que minha carteira tem entre 30% a 40% de empresas pagadoras de dividendos, e o restante de empresas de crescimento. A carteira está alocada em cerca de 20% em blue chips, e o restante em small caps. Priorizo a compra destas, pois é nelas que confio que se encontra o grande valor (não apenas por serem desta classe, mas por muitas vezes se encontrarem demasiadamente subvalorizadas). 

É isso.