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terça-feira, 20 de setembro de 2016

Reflexões [4]

I) Época de eleições. Acho incrível e fico aqui a pensar: de onde surgem tantos políticos? Ou por outra: onde estavam escondidos estes ilustres políticos que têm bombardeado nossas cabeças com seus jingles e carreatas? Difícil responder. Mas essa peculiar temporada me leva à outra reflexão.

Na cidade em que vivo, um vereador recebe um salário de R$ 12 mil, adicionados de mais R$ 12 mil de verba indenizatória (sei que você está se perguntando que porcaria é esta) e pouco mais de R$ 50 mil mensais para nomear sua equipe de assessores. Somando, temos um gasto mensal de R$ 74 mil, ou um gasto anual de R$ 888 mil (!!!) para cada vereador.

Bato estas linhas com um misto de espanto e motejo. Sabem qual é a maior ironia disso tudo? Não sei vocês, mas conheço alguns vereadores —e alguns candidatos com boa chance de se elegerem— e digo: nenhum, repito, nenhum deles possui a menor capacidade para exercer um cargo como este. Digo mais: não fossem políticos, teriam de aceitar salários próximos ao mínimo na iniciativa privada, já que não possuem qualificação para exercer profissão alguma.

Sim, a maioria deles entrou na política "apadrinhado". Muitos já vêm de uma boa condição financeira. Mas não deixa de ser um fato, se tivessem de trabalhar por conta própria, teriam de fazê-lo ganhando um salário medíocre. Digo a vocês, meus caros: o segundo vereador mais votado de minha cidade é um analfabeto; sim, analfabeto.

Faço o inverso e pergunto: algum bom candidato? Alguém que realmente possui o "know how" para exercer o cargo? Até agora, confesso, não encontrei.

Como sempre será um ano para votar, colocar um chinelo, abrir uma cerveja na varanda e, ao som de um irritante jingle, rir da própria miséria.

II) Após dois dias em choque profundo, minha repulsa finalmente deu lugar ao bom humor. Me refiro ao vídeo do famoso ator da Globo deixando uma serpente deslizar sobre sua perna. Colocando de lado suas preferências —que a mim são absolutamente incompreensíveis—, este é um caso que nos leva a pensar.

Será que o dinheiro entedia? Pergunto, pois foi exatamente o que me disseram ao mostrarem-me o referido vídeo. A pergunta pode até fazer sentido, já que chega a ser difícil encontrar respostas plausíveis para o que levou um ator rico, consagrado, que pode conseguir o que quiser, naufragar de forma tão notável. 

Mas não, nada disto tem a ver com dinheiro. O dinheiro simplesmente nos abre um leque de possibilidades. Sem ele, nos privamos a contragosto de muitos de nossos desejos; com ele, podemos não só usufruir, mas também imaginar novos desejos que antes eram absolutas impossibilidades.

O dinheiro, no fim das contas, é apenas um facilitador. Para ser usado precedem-se escolhas pessoais que acarretam os dissabores característicos da responsabilidade. Culpar o dinheiro é tentar eximir-se deles.

III) Me fascina a resolução dos comentários que leio a respeito do Ibovespa. No último "Reflexões", perguntei o que exatamente justificava um aumento de 40% no valor deste índice em apenas oito meses. Agora, já leio analistas divididos: para alguns, chegamos ao "topo"; para outros, continuaremos ascendendo vertiginosamente.

Será que não lhes passa na cabeça que este tipo de previsão é absolutamente inútil? Após tantos e tantos erros, deveria ser consenso que o mercado é imprevisível (e irracional). Qual o sentido de dispender-se tanto tempo em algo que foge tanto ao nosso domínio?

Sinceramente, não sei. Mas continuo me divertindo ao ler suas previsões —de preferência, as mais antigas.

5 comentários:

  1. Ronaldo fenômeno tem mais dinheiro e se encontrou em situação semelhante. Mas parece que estes caras vão atrás de drogas, que estão acessíveis nas mãos de prostitutas(os). Aí vira aquela confusão. rs

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  2. Olá PM,

    Sei lá, rico, mais velho e atoa, começam estes pensamentos de experimentar coisas novas rsrs.

    Eu mesmo se enriquecer prefiro não experimentar este tipo de coisa kkk.

    abraço

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    Respostas
    1. Acho que isso não tem nada a ver com dinheiro! rsrs...

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  3. Cada um inventa o que quer sobre esse tedio, agora que ser político ate semi analfabeto consegue se tiver um bom padrinho.
    Na cidade onde nasci, um figurão apostou q conseguia eleger um semi analfabeto como o mais votado, festas patrocínio e outros mimos e pronto o cara foi eleito.

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  4. Cada um inventa o que quer sobre esse tedio, agora que ser político ate semi analfabeto consegue se tiver um bom padrinho.
    Na cidade onde nasci, um figurão apostou q conseguia eleger um semi analfabeto como o mais votado, festas patrocínio e outros mimos e pronto o cara foi eleito.

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