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quarta-feira, 13 de abril de 2016

Desemprego e inadimplência: as consequências de não se investir em produtividade

Leio em O Financista:

"A escalada do desemprego tem atingido cada vez mais pessoas e quatro em cada dez brasileiros (42,2%) têm algum familiar desempregado dentro da própria casa, segundo pesquisa da SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) e da (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas).

O número salta para 76,3% quando se trata de conhecer alguém que foi demitido nos últimos seis meses ou que tiveram de encerrar as atividades do seu negócio.

Diante do mercado de trabalho em deterioração, 82,7% dos pesquisados acreditam que o desemprego aumentará neste ano e mais de um terço (37%) avalia que não se sentem seguros em seu trabalho."

Em outra reportagem:

"O número de inadimplentes atingiu 60 milhões em março, o que representa 41% de toda a população brasileira, segundo a Serasa Experian. É o maior patamar registrado em toda a série histórica, iniciada em 2012.

Mais de dois milhões de pessoas entraram para a lista de inadimplentes apenas no primeiro trimestre deste ano. As dívidas em atraso somam R$ 256 bilhões."

As notícias são de hoje (13/04) e ontem (12/04), e os links estão disponíveis no final deste texto. Recomendo que vejam.

Bom, então está aí, para quem quiser ver, quais os reais efeitos de se estimular o consumo através de crédito e não se investir em produtividade. Diferente do que é ensinado em nossas universidades, essa estratégia é um fracasso absoluto quando aplicada. É uma pena que, como sempre, temos de aprender da pior maneira, mas alertas não faltaram de que estas consequências seriam inexoráveis.

Funciona mais ou menos assim: o crédito é concedido, sem um aumento proporcional da riqueza do país; com isso, o consumo aumenta momentaneamente; aumentando o consumo, aumenta-se a demanda; a emissão de crédito, por sua vez, ocasiona um aumento na inflação; com a inflação, o dinheiro de quem trabalha vale cada vez menos, portanto, não tendo um aumento proporcional de seu salário, o trabalhador precisará de outra fonte de renda para manter o mesmo padrão de vida; este último item, aliado de uma grande facilidade de crédito, ocasiona pedidos em massa de financiamentos; passado o período de alto consumo gerado pelo crédito, a demanda cai; caindo a demanda, diminui-se a produção; com a produção em baixa, funcionários são demitidos (funcionários estes, que normalmente aproveitaram da bonança de crédito); demitidos, não podem honrar suas obrigações, e acabam entrando para a conta do Serasa.

É simples, mas keynesianos não entendem. Não existem milagres em se tratando de economia. Certas medidas ocasionam certas consequências. E assim como não afundamos neste buraco de um dia para o outro, não será desta maneira que sairemos dele.

Acredito que ainda não estejamos frente ao momento mais crítico desta crise. Ainda veremos o desemprego aumentar, que aumentará consequentemente a inadimplência. Para aqueles que são sócios de bancos, creio que surpresas desagradáveis virão nos próximos relatórios. Para aqueles que perderam o emprego, creio que não há sinais de melhoria do mercado a curto prazo.

O momento é de estacar a sangria que está nos matando, para depois pensarmos em alguma melhoria a médio prazo. Por hora, a única coisa que posso dizer é: temos de extirpar o PT do poder.


*

Referências: 

Link 1

Link 2

Um comentário:

  1. Ola PM.

    E notavel o aumento do desemprego, basta ver a quantidade de ambulantes, vendendo agua, pipoca, panos e outras coisas nas ruas e sinais de transito.

    Nunca vi tanta gente demitida na empresa onde trabalho, nem na crise de 2008 foi assim.

    Abraco

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