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quinta-feira, 26 de maio de 2016

Impressões iniciais sobre o governo Temer

Finalmente, Dilma Roussef caiu e, para alívio dos brasileiros, começa-se um novo ciclo. Michel Temer tem grandes desafios pela frente e, segundo os meus critérios, tem se saído bem nessas primeiras semanas como presidente interino. Claro, sei que ele não é um Maurício Macri e que até pouco tempo era sócio da cleptocracia que se instalou no Brasil. Mas, por hora, é o que temos.

Então, citarei alguns pontos positivos e negativos que observei até agora:

1) Dos ministérios

Temer, de forma inteligente, cortou oito ministérios (acabou voltando atrás no Ministério da Cultura) e fez algumas boas e más nomeações. Das boas, destaque para Henrique Meirelles, no Ministério da Fazenda, uma boa nomeação em um ministério que terá o maior dos desafios pela frente: conduzir o país novamente ao crescimento. A situação econômica do Brasil é gravíssima, e impacta direta e profundamente na vida da população. Por isso, Temer foi bem em acertar neste ministério mais do que essencial.

Por outro lado, percebe-se que Temer nomeou diversos investigados pela Lava Jato, além de notáveis fisiologistas para seus ministérios. É um ponto negativo, óbvio, e mostra que o presidente teve de ceder as forças que comandam o asqueroso jeito de fazer política no Brasil. Mas, pensando de forma pragmática, será que Temer conseguiria construir uma base imediata no Congresso de outra maneira? É triste admitir, mas tenho lá minhas dúvidas.

2) Da Lava Jato

A manutenção de Leandro Daiello no cargo de diretor-geral da Polícia Federal foi uma importante sinalização de que a Lava Jato continuará avançando. Temer mostrou que não é estúpido o bastante para tentar interferir nas investigações.

3) Dos gastos públicos

Até agora, não vi cortes pesados em gastos públicos, apesar da redução ministerial e apesar de ter lido que o governo irá realizar cortes maiores. Meirelles disse que não aumentará os impostos, "no momento", enquanto deveria ter dito que não aumentará os impostos de forma alguma. Sabemos que, para a necessidade de aumento de receita, o que não nos falta são empresas públicas a serem privatizadas e concessões a serem feitas.

Por outro lado, as medidas anunciadas nesta terça-feira (24) foram excelentes e surpreenderam minhas expectativas. Primeiro, a devolução de R$ 100 bilhões do BNDES ao Tesouro, no prazo de 24 meses. Segundo, o apoio ao projeto que retira da Petrobras a exclusividade das atividades no pré-sal e acaba com a obrigação de a estatal a participar com pelo menos 30% dos investimentos em todos os consórcios de exploração  — o ideal seria privatizar a Petrobras inteira, mas isto já é alguma coisa. E terceiro, e mais importante, foi a medida que estabelece teto para os gastos públicos, que será algo extremamente saudável para nossa economia. Gustavo Patu, da Folha de S. Paulo, a explicou:

"Pelo que foi anunciado nesta terça-feira, pretende-se que o crescimento anual da despesa do governo seja limitado à inflação do ano anterior. Em outras palavras, a despesa total ficará congelada em termos reais.

Para uma ideia do impacto da medida, o Orçamento da União seria pouco mais de metade do que é hoje se ela estivesse em vigor nos últimos dez anos.

De 2006 a 2015, o gasto não financeiro do governo (com pessoal, custeio, programas sociais e investimentos) cresceu 93% acima da inflação e atingiu R$ 1,16 trilhão - com a regra defendida por Temer, o montante não passaria de R$ 600,7 bilhões".

Excelente.

4) Da virtude de voltar atrás

Se Temer mostrou ao Brasil uma virtude, certamente foi a de voltar atrás em suas decisões. Esta humildade há muito tempo era inexistente no governo, com uma presidente que não só insistia no erro de forma incansável, como também dobrava a aposta como medida paliativa. Essa sucessão e progressão incontável de erros que nos trouxe até aqui. Temer, diferente de Dilma, voltou atrás diversas vezes, sinalizando ao país que, como ele mesmo disse, "não tem compromisso com o erro". O exemplo mais recente desta prática foi o afastamento imediato do ministro Romero Jucá após a divulgação de áudios que comprometiam a credibilidade do governo. Muito bom, e algo inimaginável com Dilma no poder.

5) Para todos os efeitos, Temer é melhor que Dilma

Não me resta dúvida alguma de que Temer é melhor que Dilma em qualquer quesito e perspectiva que se avalie. A saída do PT do poder será extremamente benéfica ao país. Portanto, minha perspectiva em relação ao futuro melhorou, ao menos relativamente. 

Sei que o buraco é muito mais embaixo, que nossa situação ainda é extremamente crítica e que tudo que foi anunciado até agora é muito pouco para resolver nossos problemas, aliás, dificilmente iremos resolver a maioria de nossos problemas. Mas, não deixa de ser um alento saber que agora estamos sendo governados por Michel Temer, ou melhor, que não estamos mais sendo governados por Dilma e pelo PT.

3 comentários:

  1. Ola PM.

    So de saber que a nossa 'presidenta' nao e mais a Dilma, ja ficamos orgulhosos.

    Voce esqueceu de comentar a melhoria na 'imagem' do pais com a primeira dama que e um pitelzinho kkk.

    Abraco

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    Respostas
    1. VdC,

      Aí você pegou pesado! Sair de uma assombração feito a Dilma e passar para a Marcela não é uma melhoria de imagem, e sim um verdadeiro milagre!

      Abraços.

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  2. PM concordo com tudo mesmo. E ainda acrescento que ele está com o congresso ma mão após a vitória na aprovação do reajuste fiscal.

    TEMER TEMER!!
    Os ptistas vão??Temeeeeer!!
    Ptista tem maid que se fud%*%[[errr!!

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